quinta-feira, 12 de julho de 2007

I had to send it away to bring us back again!

Ontem quando eu tava assistindo um vídeo do Brando me deparei com uma música lindíssima, leve e logo notei que era do gênio Jeff Buckley...a música é a minha cara logicamente, Morning Theft e fala exatamente desse momento que eu tô passando de loucura, indecisão...nessas horas de extrema melancolia quando já passou da meia noite e toda a pensão já foi dormir só o Dani me entende...não culpo minhas amigas cansadas do meu romantismo exagerado afinal eu sou uma drama queen confessa...eu posso até dizer que quero alguém e blah blah blah mas confesso que é muito mais legal estar como eu estou, sem ninguém comigo mas muitos na cabeça e é tão clássico ficar "sofrendo" por um amor impossível e, se ele é possível, torná-lo difícil e chorar e dançar ao som de músicas melosas e românticas do que aceitar o vazio de não ter nada nem ninguém pra pensar pelo simples fato de que você é realista, moderna e não se apaixona, só quer saber do que tem no meio das pernas daquele homem e como ele pode te satisfazer e ai dele se não for satisfatório porque não existe tal coisa como dia ruim ou problemas pessoais...é tão fácil ser mais simples e não ter sentimentos, ser fria e calculista pra não sofrer...mentira...aposto que elas sofrem muito mais pois não tem sentido algum ficar passando pela vida sem se entregar completamente a tudo, e daí que dói depois que acaba? pelo menos viveu! O pior arrependimento da vida é daquilo que você deixou de fazer...e esse eu não tenho!


Morning Theft - Jeff Buckley

tempo cuida das feridas ou ao menos eu posso acreditar
Você tinha tanto pra dar, acho que eu não podia ver
Presentes para saltos de botas massacrarem
Promessas, desonestidade
Eu tinha que mandar isso embora
Pra nos trazer de volta de novo
Seus olhos e corpo brilhantes
Silenciosas águas profundas
Sua filha preciosa no outro quarto adormecida
Um beijo de boa noite à cada estranho que conheço
Eu tinha que mandar isso embora
Pra nos trazer de volta de novo
Manhã roubada
Falsidade deixada
Sem graça
Auto verdade é o que trouxe você aqui para mim
Um lugar onde podemos deixar esse amor livre
Amizade golpeada por histórias inúteis
Um exame em falha
Mas o que eu ainda sou para você?
Algum ladrão que te roubou?
Ou algum bobo dramático cujas chances eram remotas?
O amor nos traz para quem nós precisamos
Um lugar onde podemos salvar
Um coração que bate
Como ambos sifão e reservatório
Você é uma mulher, sou uma vitela
Você é uma janela, sou uma faca
Viemos juntos fazendo chance na luz da estrela
Me encontre amanhã de noite
Ou qualquer dia que você quiser
Não tenho mais direito de pensar como ou onde
E embora o sentido se ajuste
Não tem relevo nisso
Sinto saudades do minha amiga linda
Eu tinha que mandar isso embora
Pra nos trazer de volta de novo

2 comentários:

prux, f. r. disse...

bah, mari, esse texto é sem dúvida visceral. nota-se que foi lançado pra dentro da internet por códigos binários explícitos.
gostei muito e te julgo corajosa pela exposição. sei lá, é bacana ler uma mulher que revela o próprio desejo e que não se vitima pela 'suposta' solidão, nem transforma isso numa muleta de carência... bem, foi o meu entendimento!

beijos e segue escrevendo!
p.s.: sem abreviações, que fica mais fácil!

;)

S disse...

tu escreve muuuito bem...