Elizabethtown - auto ajuda

"Vem cá, existe filme mais simples e ao mesmo tempo tão visceral quanto Elizabethtown?"

Falei isso pra Sheila ontem e notei que realmente Elizabethtown é a metáfora da minha vida. Sobreviver fracassos, suportar a dor da perda, apesar de que essa perda que falam no filme é muito mais forte do que nos damos conta...o que acontece quando perdemos alguém que mal conhecíamos? é muito estranho como isso acontece, passamos a vida toda com uma pessoa com a certeza de que ela vai sempre estar ali e, de repente, acaba. E aí? o que se faz? (eu pareço o tietzman mas tudo bem). Esse é o mais lindo do filme, todo o processo de estranhamente e mais tarde dor, mas não só dor de perda mas, arrependimento de não ter vivido e aproveitado mais enquanto ainda o tinha. Nosso egoísmo e egocentrismo nos priva de felicidades e tristezas muitas vezes necessárias. Eu sempre digo "não existe felicidade plena e eterna, existem momentos felizes". Não existem fracassos, existem degraus da vida, às vezes a gente cai, trupica, tropeça, mas que graça ia ter chegar lá em cima sem nenhum arranhão? Por isso, aproveite cada momento sozinho, desfrute da trizteza, caia no fundo do poço com um pote de sorvete ao lado, chore bastante quando aquilo que, nem era pra ser, acaba, dançe sozinho no quarto, cante no chuveiro, dê pulinhos retardados em lugares públicos, imite o Jack Sparrow sempre que possível, seja uma femme fatale, seja um pouco carente, seja inseguro, seja forte, seja duro, seja grosso, seja meigo, bagunçe o quarto, arrume o quarto (sempre com música), vire noites, durma cedo, passe o dia dormindo, passe o dia na rua, ande de pé no chão, ande de meia, tome um porre, fume 22 cigarros numa noite, não fume, faça tudo errado mas viva! Não deixe que os outros te digam que todos estão olhando, quem gosta mesmo não te subestima ao ponto de te falar uma bobagem dessas pensando que você não sabe! E, por último, escreva um post auto-ajuda, tu vai ta se ajudando horrores!!