quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Fechado


Sabe quando ta tudo bem e de repente tu começa a procurar problemas?

Pois é.

Daqui a pouco eles chegam...mas eu me recuso a abrir a porta.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Screw me up

me faz algo mau. ruim. malvado.
me chuta de graça, sem razão alguma. me maltrata.
me desmotiva, me fere, me faz chorar.
me engana, me trai. me chuta, me faz acordar.

me dá um tapa na cara, me mostra que não.

não pode ser.

quem sabe assim me tiras deste transe, desta falta de ar, desta tua falta.
quem sabe assim me sufocas este amor que cada vez me sufoca, este amor que tanto me faz viva, que me deixa desnorteada, que me deixa tão perdida, tão surpresa, tão tua.

me salva de ti, me prova que este amor não pode, não dá, não vai.

enquanto é tempo.
este tempo já não há.

não dá mais, eu já sou tua, eu sou eu, contigo, eu sou. tua.

sábado, 15 de setembro de 2007

walking on clouds


Senta no banco relativamente desconfortável, aperta o cinto e fica olhando pela janelinha...de repente vai muito muito rápido...tão bom...como se tu tivesse saindo da matéria, do corpo e entrando na mente...quando vê tá la em cima e tudo fica pequeno e tudo é pequeno quando a gente ta em cima das nuvens.



it's all over now baby blue - dylan

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

MAIS EU DO QUE EU MESMO.

continuo....
continuo lendo três livros ao mesmo tempo.
continuo andando empinada.
continuo falando mais palavrões do que minha educação permitiria.
continuo cínica.
continuo gastando mais do que minhas posses, bebendo mais do que meus limites
fumando mais do que deveria.

continuo pregando peças em mim mesma e guardando os fantasmas nas gavetas e nos armários todos os dias antes de dormir (um trabalho interminável).
continuo afagando cada bichano na rua e sorrindo para cada bebê que cruza meu caminho.
continuo sorrindo quando acordo e faz frio, quando posso usar botas e tirar o mofo dos casacos.
continuo sendo a pessoa mais descabelada quando acordo.
continuo maníaca por carinho nas costas.
continuo me escondendo em lugares lotados de estranhos, mas falando alto para aparecer quando entre amigos.

continuo falando rápido.
continuo tropeçando nas palavras e gaguejando quando muito excitada.
continuo lutando com minha auto-estima.
e toda vez que acho que não vou agüentar : continuo.

continuo cantarolando o tempo todo.
continuo a procurar sinais.
continuo tomando longos banhos.
continuo prestando mais atenção do que deveria nos outros.
continuo amando os amigos.
continuo sendo alvo de gente mesquinha e mal resolvida (comida?).
continuo colocando a música em segundo lugar na minha vida - o primeiro é dele.
continuo me arrepiando e me dedicando a refrões e pedacinhos de várias canções.


continuo rindo quando deveria chorar e chorando quando deveria rir.
continuo com saudades dos meus irmãos e dos meus gatos - todos.
no mais continuo igual para você continuar me encontrando, me salvando.
continuo amando.
continuo te amando, te ouvindo sempre.
continuo te admirando, sendo apenas a metade da tua metade.
sua. feita sob medida.
para sempre e sempre.
até que você me peça para mudar.

domingo, 2 de setembro de 2007

monstro

passei o dia inteiro pensando em coisas que eu gostaria de te dizer. coisas nada agradáveis. vontade de te ferir, te magoar, fazer você se sentir o último dos seres. sei que te e você não casam, mas foda-se a concordância, já que concordância é o que menos tenho na minha vida nesse momento.

estou aqui sentada em frente a lareira, e penso que gostaria de te ver queimar do mesmo jeito que a lenha, que se contorce e estala. o castigo, a dor, seria pouco perto do que sinto desde que você me deixou entrar na sua vida por cinco minutos. só para me descartar feito o cigarro que acabei de jogar às chamas.

hoje te odeio. queria te matar sem rastro. queria te entregar este desabafo, na esperança de que ele te fizesse sofrer e perecer. queria te espancar, te mutilar. queria bolar um plano diabólico para destruir sua essência,
sua inteligência,
seu corpo
e sua memória.

a culpa é toda sua. minto, sua e minha, pois enxerguei mais em você do que havia e permiti que você fizesse da minha alma o seu depósito de lixo. meu estômago dói. me revolta, fico doente ao lembrar o tanto de desilusão que você deixou em minha porta, filho da puta. porque perco meu tempo em conversas imaginárias com alguém que não merece me escutar.

odeio ainda alimentar boas e poucas lembranças do seu rosto, do seu sorriso, do seu papo alienado. odeio ter vontade de chorar todos os dias. me odeio por odiar você com tanta força e ao mesmo tempo com tão pouca vontade.

GOSTARIA DE GRITAR
tudo o que acabei de escrever nos seus ouvidos, tão alto que você jamais voltaria a ouvir. quero te ver aleijado, incapacitado, perdido, infeliz, impotente. quero te ver estragado, esquecido, desmemoriado, fodido.

talvez assim, você pudesse me deixar cuidar de você, te reabilitar, te amar.
TALVEZ ASSIM EU PUDESSE OUVIR DE VOCÊ QUE EU SOU A MELHOR COISA QUE APARECEU NA SUA VIDA.

entre tantos outros, esse fracasso é o que me tormenta: o de não conseguir te amar ou ao menos te esquecer.

Mr. You-Know-Who

Tua falta caminha ao meu lado
a sombra de minha sombra
dançando louca pelas paredes
dos prédios de pés dados
comigo.

Tua falta me persegue pelas calçadas
muda as coisas de cor
foge das minhas mãos
sobre as árvores e assovia
passarinho entre meus seios.

Tua falta não pesa, não esmaga,
tem asas e penas brancas que
pousam nos meus cabelos.

Tua falta é a marca da tua
existência na minha vida,
pegadas de quem volta, logo.






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